quarta-feira, abril 9

Como lidar com meus amigos não Cristãos?


Lívia é uma menina meiga e estudiosa do nono ano do ensino fundamental, adora ler e sair com as amigas para simples programas de fim de semana. Entretanto, em um destes fins de semana, resolveu aceitar o convite de sua amiga Flávia para visitar a Igreja do bairro. Lívia, impactada por Deus naquela ocasião, converteu-se e agora quer viver sua vida pautada pela Palavra de Deus. Entretanto, suas amigas de outrora continuam a chama-la para sair e se divertir como antes. E agora, o que Lívia deve fazer? Como ele deve se relacionar com suas amigas que não são cristãs?
A ilustração acima, embora seja fictícia, reflete uma realidade muito frequente em nossa vida, principalmente e especialmente na vida dos jovens que vêm para Cristo. Como proceder com as antigas amizades? Devo cortar os relacionamentos com os eles ou apenas mudar algumas coisas?

Amizades preciosas, relacionamentos saudáveis

A Palavra de Deus contém preciosos ensinamentos sobre amizade, o destaque aqui vai para a amizade bem conhecida entre Davi e Jonatas narrada no primeiro livro do profeta Samuel. Em Atos 27:3 Paulo é citado encontrando-se com seus amigos. Relações de amizade também são citadas em 3João 1:15. Enfim, a Bíblia narra relações de amizade e até mais profundas que essas. Jesus, o próprio, diz em João 15:15 não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer”.
Amizades são coisas boas, criadas por Deus para completar o ser humano, o qual é, por natureza, um ser social. Estudiosos dizem que é impossível ao ser humano sentir-se realizado longe do seu semelhante; a amizade faz parte da interação social e do desenvolvimento de todas as pessoas.
Não obstante, amizades são boas e más; algumas acrescentam mais em sua vida, outras retiram. Podemos dizer, com uma certa razão, que todas as pessoas que se achegam a você inevitavelmente vão acrescentar algo em sua vida ou farão o contrário. Por este motivo, a Bíblia manda que fiquemos alertas com as pessoas que nos relacionamos, pois elas podem (e vão) influenciar nossa vida, nossos hábitos e nossas ações. Conforme as palavras de Paulo:
Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes.” (1Co 15:33)
É preciso ser sábio, cauteloso para escolher as amizades que temos ou para mantê-las. A Bíblia não nos pede para deixar nossas antigas amizades em função da incredulidade deles, porque afinal, como diz Paulo:
com isso não me referia à comunicação em geral com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo.” (1Co 5:10)

A questão principal é: quem são nossos amigos e como eles influenciam nossa vida? Uma resposta positiva a essa pergunta pode carimbar a excelência de uma grande amizade. Por outro lado, podemos nos espantar com a facilidade que satanás tem para derrubar pessoa por meio de suas “amizades”, sejam crentes ou não.

Devo manter minhas antigas amizades? Como saber?

O processo de conversão transforma a pessoa em uma nova criatura (2Co 5:17), com uma nova forma de agir, sentir e pensar; literalmente um nova pessoa – uma vez que todo o seu ser é transformado pelo poder do Evangelho. Como servo de Deus, é preciso tomar cuidado e zelar pela preciosidade do seu coração, evitando se envolver com a sujeira espiritual disponível no mundo; isso inclui, fatalmente, amizades destrutivas. A Bíblia afirma de forma categórica:
Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição.” (Pv 13:20)
Quem são seus amigos? O que praticam? Como tratam sua nova vida: com deboches ou respeitam sua decisão de viver para Cristo? É interessante que muitos Cristãos insistem em manter amizades que mais prejudicam sua fé do que ajudam. Seus “amigos” lhe convidam para fazer algo de errado? Eles criticam sua Fé e tentam tirá-lo do caminho da salvação? É necessário ter cautela com esses “amigos”, certamente eles não estão querendo acrescentar algo em sua vida, mas sim o contrário.
Um jovem novo convertido, cheios de antigas amizades, têm em mãos um campo de trabalho próprio para disseminar o Evangelho. Por meio de seu testemunho e de sua pregação, os velhos amigos tem a chance de ouvirem o Evangelho e encontrar-se com Cristo. Entretanto, muitas vezes acaba ocorrendo o contrário; é necessário sabedoria para lidar com esses casos, onde temos que aguardar o tempo de Deus (Ec 3:1). As amizades verdadeiras são extremamente bem vindas, ajudam no crescimento pessoal e social de toda pessoa, e não deve ser desprezada – sendo ou não um servo de Cristo, um bom amigo está, por meio dessa amizade fiel e verdadeira, praticando e cultivando sentimentos e atitudes cristãs.

Conclusão

É extremamente importante refletirmos sobre nossas amizades. Elas podem nos ajudar ou nos prejudicar, adicionar ou subtrair, entretanto, inevitavelmente irá nos influenciar. Por isso, devemos nos basear na Palavra de Deus para julgarmos conforme a reta justiça (Jo 7:25) todas as nossas amizades, sejam elas de cristãos ou não, para provarmos se estamos tendo influências positivas ou negativas desses amigos. Porém, sempre temos que ter em mente que “há um amigo que é mais chegado do que um irmão. (Pv 18:24) e não podemos desprezar amizades, mas julgá-las e considerar os melhores amigos.
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